sábado, 10 de março de 2012

Casados correm menos risco após cirurgia cardíaca


Pesquisa concluiu que, no geral, sobrevida dos casados após procedimento é duas vezes maior do que dos solteiros


A sobrevida de pessoas que passam por cirurgia cardíaca é quase duas vezes maior entre os casados do que entre os solteiros, segundo uma nova pesquisa publicada na edição deste mês do periódico Journal of Health and Social Behavior. O estudo, desenvolvido na Universidade Emory, nos Estados Unidos, observou que, embora o efeito protetor do casamento seja maior nos três meses posteriores ao processo cirúrgico, ele pode se prolongar por até cinco anos.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram 569 homens e mulheres que iriam se submeter a uma cirurgia no coração. Os participantes responderam a questionários antes do procedimento e foram acompanhados por cinco anos.
Os resultados mostraram que as pessoas solteiras, divorciadas e viúvas tiveram 1,9 vez mais riscos de morrer no período de cinco anos após a operação do que os casados. Esses números não variaram de acordo com o sexo do indivíduo. Quando os pesquisadores observaram a mortalidade somente em um período de três meses, essa proporção aumentou para 3,33 vezes.
"A diferença nas taxas de sobrevivência de pessoas casadas e solteiras foi dramática, especialmente no período pós-operatório, que é o mais crítico", afirma Ellen Idler, coordenadora do estudo. Segundo a pesquisadora, esses resultados ressaltam a importância do papel das mulheres e dos maridos nos cuidados com a saúde do cônjuge. "Os pacientes casados ainda tiveram uma visão mais positiva quando foram passar pela cirurgia e demonstraram menos preocupações em relação à fase posterior ao procedimento”, diz.

Nenhum comentário: