As pessoas que comem chocolate com mais frequência são mais magras, indica um estudo da Universidade da Califórnia de San Diego, que contou com a participação de 1.000 adultos. De acordo com os dados coletados entre 1999 e 2005, quanto mais vezes por semana uma pessoa consome pequenas quantidades de chocolate, mais baixo é o seu Índice de Massa Corporal (IMC), o número mais usado para determinar o nível de obesidade de um indivíduo.
Quando, no ano passado, os autores do estudo começaram a analisar os dados coletados, eles já suspeitavam que o consumo frequente e moderado de chocolate poderia ter a capacidade de neutralizar as calorias desse alimento tão adorado quanto temido. Segundo a premissa dos pesquisadores, os benefícios metabólicos do chocolate poderiam levar a uma menor deposição de gordura por caloria, contrabalançando as calorias ingeridas.
Ao consumir calorias, o corpo decide se vai depositá-las como gordura ou não. É por isso que duas pessoas com a mesma altura podem seguir uma dieta idêntica, mas não necessariamente ganhar peso da mesma forma. "Há uma variedade de fatores metabólicos que influenciam a probabilidade de as calorias serem depositadas como gordura. Meu estudo sugere que o chocolate pode, de fato, ter um impacto favorável sobre esses fatores", diz Beatrice Golomb, médica e principal autora do estudo.
Os resultados do estudo foram além das expectativas dos pesquisadores, trazendo notícias que podem tornar a vida dos amantes do chocolate ainda mais doce. O consumo de chocolate dos participantes do estudo variava de nenhuma a 20 vezes por semana. Os participantes que comiam chocolate pelo menos cinco vezes por semana apresentavam um IMC um ponto mais baixo que aqueles que não incluiam o alimento na sua dieta ou o consumiam com menos frequência.
"Esperava que a caloria do chocolate fosse neutralizada e que quem consumisse chocolate mais vezes tivesse peso semelhante ao das pessoas que não o consumissem ou o consumissem menos, mas não esperava que o IMC das pessoas que comem o alimento com mais frequência fosse mais baixo. Foi uma boa supresa", afirma Golom